
Carro Elétrico Voador
O Futuro chegou !
Os eVTOL são um misto de carro e helicóptero elétrico. A proposta dos veículos é desafogar o tráfego rodoviário nas cidades mais movimentadas, além de promover a adoção dos elétricos, como parte de objetivos sustentáveis.
As iniciativas do setor têm chegado como alternativas de revolucionar a mobilidade urbana com soluções aéreas.
“eVTOL” significa “Veículo Aéreo de Decolagem e Pouso Vertical” em inglês, que pode ser traduzido para o português como “VECDPV” ou simplesmente “VTOL” (Decolagem e Pouso Vertical). São aeronaves projetadas para decolar e pousar na vertical, sem a necessidade de uma pista de decolagem e pouso tradicional. Geralmente são elétricas ou híbridas, visando serem mais eficientes e sustentáveis em termos de energia.
Essas aeronaves têm a capacidade de voar de ponto a ponto em áreas urbanas densamente povoadas, evitando o congestionamento do tráfego terrestre. Elas podem ser usadas para o transporte de passageiros ou carga, com potencial para revolucionar a indústria da aviação e do transporte.
Diversas empresas estão trabalhando no desenvolvimento de eVTOLs, incluindo nomes como a Uber Elevate, Lilium, Joby Aviation e muitas outras. Essas aeronaves representam uma possível evolução dos meios de transporte aéreo, oferecendo maior flexibilidade e acessibilidade em comparação com a aviação tradicional.
É importante notar que, embora os eVTOLs estejam em desenvolvimento, ainda existem desafios tecnológicos, regulatórios e de infraestrutura que precisam ser superados antes que eles se tornem uma opção de transporte amplamente disponível.
Fabricação no Brasil e Operação em vários Países

A EVE AIR MOBILITY (Eve) e a EMBRAER anunciaram, em julho | 2023, que a primeira fábrica para a produção de eVTOL´s, será localizada na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo.
A planta industrial será situada em uma área a ser ampliada dentro da unidade da Embraer na cidade e está sujeita à aprovação final das autoridades.
Segundo a Embraer, o local se beneficia de uma logística estratégica, oferecendo fácil acesso por meio de rodovias e proximidade de uma linha ferroviária.
Além disso, a localização é próxima à sede da Embraer em São José dos Campos e da equipe de engenharia e recursos humanos da Eve, o que deve facilitar o desenvolvimento e a sustentabilidade de processos de produção.
A CARTA DE INTENÇÕES assinada será para a venda destes eVTOL´s para três outras empresas operá-los. A companhia é controlada pela brasileira Embraer e deve fornecer até 150 modelos, inclusive para rodar no Brasil.
- A Eve anunciou durante o Paris Airshow que pretende vender os carros voadores para as companhias Voar Aviation, Nordic Aviation e Wideroe Zero;
- O acordo estima que sejam 70 veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (os eVTOLs) para a Voar, 30 aeronaves para a Nordic e 50 para a Wideroe;
- A empresa já tem mais de 2,8 mil pedidos para os veículos antes mesmo de iniciar a produção;
- Além disso, a Eve recentemente concluiu os testes em túnel de vento para veículo futurista que deve realizar operações comerciais em 2026.
De acordo com o acordo assinado pela Eve, os “carros voadores” vendidos para a Voar operariam em áreas metropolitanas e pontos turísticos do Brasil, como São Paulo, Florianópolis e Salvador.
A NORDIC adquiriu 15 unidades para a empresa e mais 15 para serem alugados para operadores de frota. Já a WIDEROE lançará operação própria de “carros voadores” na Escandinávia.
Estacionamento para Carros Voadores

A maior usina de energia solar fotovoltaica em formato de estacionamento no Brasil foi inaugurada em Sorocaba, no interior de São Paulo, em maio | 2023, e foi pensada para atender a nova onda de veículos elétricos, inclusive os de pouso vertical — os “carros voadores”.
Localizada no bairro Alto da Boa Vista, a usina recebeu R$ 21 milhões em investimentos privados em uma estrutura de 4.589 módulos fotovoltaicos de 655 watts, que foram importados da China.
Juntos, eles devem produzir 3 megawatt-pico (MWp), em uma área de 30 mil metros quadrados, sendo 14 mil metros quadrados cobertos por painéis solares.
O estacionamento tem 789 vagas cobertas, mas inicialmente, apenas 37 vagas estarão preparadas para veículos elétricos. O restante da energia será comercializado no modelo geração distribuída compartilhada, isto é, pequenos e médios consumidores que fazem contratos com a geradora e recebem descontos na conta de luz emitida pela concessionária local.
O estacionamento tem capacidade de gerar energia suficiente para suprir o consumo médio de 2 mil residências populares.
E a produção estimada de 4.500 MWh/ano deve evitar a emissão de 7160 toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
“É um grande projeto que foi concebido com o que há de mais moderno no setor. Tivemos pelo menos 50 profissionais envolvidos, desde engenheiros até a equipe de obras. A estrutura metálica utilizada é leve e, ao mesmo tempo, resistente, o que reduz os custos com materiais e garante a segurança. Já os módulos fotovoltaicos seguem padrões internacionais de qualidade”.
Abastecimento de Carros Voadores

Olhando para o futuro do transporte, a usina também foi projetada com capacidade para abastecer veículos de pouso e decolagem verticais, cuja promessa é começar a aparecer no mercado em 2026.
O plano é iniciar as operações comerciais com as aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOLs) em 2026, e os testes em túnel de vento foram considerados essenciais para a futura produção e certificação.
A empresa tem trabalho com os stakeholders no desenvolvimento de infraestrutura para suportar as operações do eVTOL.
Na usina de Sorocaba, as vagas foram projetadas para ficarem 12,5 metros de distância umas das outras, e como a envergadura destes veículos elétricos aéreos é de 12 metros, viabiliza a usina para atuar também no seu reabastecimento.
“É uma usina na qual criamos o conceito de estacionamento para veículos com rodas, mas há a previsão de receber e guardar veículos elétricos de voo, além de abastecê-los no local, como se fosse uma ‘marina’ para os veículos do futuro”.
Carros Voadores já são uma Realidade

Os planos da Embraer por exemplo, empresa aérea brasileira que investe no desenvolvimento do eVTOL, projeta viagens com percurso entre 16 e 48 km. Para esse trajeto, a duração média será entre 7 e 17 minutos.
Diversas empresas investem no desenvolvimento da tecnologia, seja para oferecer serviços de passageiros, bem como de objetos, como delivery, por exemplo.
Uma das características principais do eVTOL é a realização de pouso e decolagens verticais, algo que não necessita de uma longa pista como os aviões, por exemplo.
Os modelos desenvolvidos atualmente focam na motorização elétrica, o que garante ainda uma condução mais silenciosa e ecologicamente correta. Porém, há projetos que já preveem a condução de forma autônoma, no entendo, isso fica para um futuro um pouco mais distante.
A Embraer possui uma empresa voltada para o desenvolvimento de carros voadores, a Eve. A marca divulgou ainda no início de abril, o seu plano estratégico para iniciar as atividades utilizando o eVTOL, a partir de 2026. O estado escolhido para ser o projeto piloto do carro voador foi o Rio de Janeiro.
A Eve estima que a partir do início das atividades, haja em média, 37 locais apropriados para pouso e decolagem na região, bem como uma frota de 200 carros voadores em plena atividade até 2035. De forma inicial, o eVTOL terá a capacidade de transportar até 4 passageiros além do piloto.
Sobre os vertiportos, os locais adaptados para pouco e decolagem dos carros voadores tipo eVTOL, dois já foram até divulgados: sendo eles o aeroporto de Galeão e o Centro Empresarial Henrique Simonsen, situado na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, capital do estado.
Até o momento, ainda não há uma previsão de quanto custará cada viagem através do eVTOL, no entanto, conforme explica a Embraer, o carro voador será capaz de oferecer mobilidade mais acessível no comparativo com os helicópteros.
Tais planos foram desenvolvidos através de onze parcerias, como a Agência de Aviação Civil do Brasil, a Anac, e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
Mobilidade Aérea Urbana – Diferenças Entre eVTOL, eSTOL e eCTOL
Apesar de viagens de longo alcance ainda serem operadas por motores a combustão em um futuro próximo, há muito potencial para viagens aéreas de curto e médio alcance serem realizadas por veículos limpos, seguros e silenciosos com menores custos de operação e manutenção.
Quais são os diferentes tipos de aeronaves elétricas emergindo no mercado? Existem três tipos, reconhecidos por sua sigla em inglês; eVTOL, eSTOL e eCTOL. Abaixo, explicamos suas diferenças, escopo e principais características.
eVTOL
As aeronaves de Decolagem e Pouso vertical (eVTOL), provavelmente são o tipo mais conhecido dentre as opções. Elas têm capacidade de pousar e decolar verticalmente, assim como helicópteros convencionais, tornando-os um veículo propício para ambientes urbanos com pouco espaço para manobras. A diversidade de desenhos é o que separa os eVTOLs dos outros dois tipos de aeronaves, com modelos de asa fixa e rotativa. Atualmente é possível encontrar quatro arquétipos diferentes.
O design do tipo Multicopter é simples e eficiente, embora não tenha asas, seu alcance é menor. Portanto, seu consumo de energia é maior devido à necessidade de compensar essa ineficiência.

O segundo projeto é o Lift & Cruise, que é a combinação do design do Multicopter para decolagens e pousos verticais, com o de uma aeronave convencional durante o voo. As vantagens de ambas as arquiteturas são maximizadas. No entanto, um dos seus principais desafios é o ruído emitido pelo tipo de rotor utilizado.

Existem outros projetos, como o Tilt Wing e Tilt Rotor, que são capazes de minimizar o impacto do ruído graças ao uso de múltiplas hélices de rotação lenta e aberta. A desvantagem é a necessidade de instalar motores elétricos mais pesados de alto torque, interferindo um pouco no design geral.

Podemos encontrar também no mercado o arquétipo chamado Deducted Vector Thrust. Este projeto utiliza dutos de ventilador nas mesmas asas fixas, controlados por um motor elétrico para operação vertical e horizontal, utilizando o conceito de propulsão elétrica distribuída (DEP). Este sistema é eficiente, mais silencioso e está assumindo a liderança nos projetos eVTOL de última geração.

Por fim, um design que se destaca por seus baixos níveis de ruído é o chamado Slow Rotor Compound, no qual o rotor principal da aeronave é desacelerado para produzir menos resistência com o ar, eliminando quase todo o ruído emitido. É comum que essas aeronaves tenham um rotor principal e asas fixas, aumentando a segurança e eficiência em decolagens e pousos verticais.

As empresas líderes em torno da fabricação desse tipo de aeronave são vários, entre os quais podemos destacar, a Eve, Jaunt Air Mobility, Vertical Aerospace, Lilium, Joby e eHang. Um grande número de especialistas falam do potencial desse tipo de aeronave em todo o mundo e da importância que cada uma teria na mobilidade aérea urbana, especialmente de curto alcance.
eSTOL

Os chamados veículos elétricos de decolagem e pouso curto (eSTOL) têm como principal diferença do eVTOL sua menor exigência de energia para decolar e pousar. Por serem de asa fixa, os motores são usados somente para empurrar a aeronave para a frente, sem afetar decolagens ou pousos verticais. Em outras palavras, uma aeronave eSTOL requer menos energia para decolar e pousar, podendo armazenar mais carga do que um eVTOL de peso e tamanho semelhantes.
Além disso, os eSTOLs não exigem pistas para decolar ou pousar, já que podem fazê-lo verticalmente, necessitando de aproximidamente 30-50 metros, semelhantes a um helicóptero convencional. Quanto ao seu design, o mais recente em inovação é o chamado Tecnologia Blown Lift, uma técnica aerodinâmica que “engana” a ala ao parecer maior do que realmente é, alcançando decolagens e pousos em poucos metros.
Os líderes em fabricação do eSTOL são a Electra e a Airflow, ambas com tecnologia patenteada e, até mesmo no caso da Electra, com a recente aquisição de um contrato da NASA para o desenvolvimento de seu Blown Lift Technology. Por sua vez, a Airflow também possui sua própria tecnologia denominada Electric Blown Wind Technology, seguindo princípios semelhantes de seu concorrente, porém visando aeronaves maiores com foco em operações comerciais.
eCTOL

As aeronaves elétricas convencionais de decolagem e pouso (eCTOL) são semelhantes ao eSTOL, mas são diferentes em desempenho. O design do eCTOL leva em consideração aeronaves atuais, como o conhecido Cessna Grand Caravan ou o hidrofólio DHC-2 da Havilland Canadá, alimentado inteiramente por motores elétricos. De certa forma, é uma proposta mais simples, já que não há necessidade novos projetos, porém com o desafio de criar motores eficientes o suficiente para converter as atuais aeronaves a combustão em elétricas.
As principais empresas deste tipo de aeronaves são a MagniX e Ampaire. Na verdade, as aeronaves mencionadas acima foram todas testadas pela MagniX, que certamente lidera a eletrificação de aeronaves. Já a Ampaire está realizando testes com Cessna 337 e estuda converter a Twin Otter da Havilland em uma aeronave de propulsão híbrida, apelidada por eles de Eco Otter SX. Vários outros fabricantes de aeronaves anunciaram seus planos para o desenvolvimento de aeronaves eCTOL. Isso inclui Tecnam, Embraer e Pipistrel.
Tipos de Energia | Combustível

A aviação está mudando assim como as expectativas de seus usuários. Além da necessidade de usar combustíveis verdes com o objetivo de reduzir a emissão de carbono, aumentar a eficiência, especificamente em translados urbanos e de curto alcance, serão sem dúvidas os próximos passos na evolução da aviação global..
Embora não haja incerteza de que hoje possuímos tecnologia disponível para eletrificar a aviação global, ainda existem vários desafios em torno de sua eficiência e armazenamento. As baterias são pesadas, e o peso, na aviação, é algo crítico. Atualmente dispomos de três opções, duas concretas e uma com bastante potencial, mas com dilemas em torno de sua aplicação em grande escala.
Elétrica
Este tipo de energia exige que as baterias das aeronaves sejam consideravelmente carregadas e com o menor peso possível para uma operação eficiente. Estima-se que ainda estamos a pelo menos uma década de atingir sua aplicação massiva, principalmente devido ao longo tempo de carregamento e à necessidade de investir em estações para a recarga. Aeronaves elétricas serão uma ótima escolha para viagens de curta distância e translados urbanos. Atualmente, os fabricantes de eVTOLs e eSTOLs possuem uma faixa de cerca de 100 NM, ou 40-50 minutos de viagens, utilizando motor 100% elétrico.
Híbrida
Hoje, é a combinação mais próxima de “decolar”. Os principais modelos utilizam geradores que são alimentados pelo combustível a jato tipo A1, além de ter a possibilidade de operar a aeronave eletricamente. Hoje é a melhor opção devido à sua disponibilidade e infraestrutura existente, podendo servir como o primeiro passo para a eletrificação total da aviação. Ela pode ser uma boa opção para as aeronaves de médio alcance, em que a decolagem e pouso poderá ser feita no modo elétrico e para a operação do tipo cruzeiro, é utilizado o combustível convencional.
Uma aeronave convencional, como a Caravan, equipada com um motor híbrido poderá usar suas baterias elétricas por até 1 hora, reduzindo os custos de combustível em pelo menos 25%. De acordo com documentos internos compartilhados conosco, no futuro, à medida que a capacidade das baterias aumentar, ela irá sair da faixa atual de 100 NM podendo atingir até 300 NM.
Hidrogênio
A eterna promessa da energia do futuro aparentemente terá que continuar esperando. De fato, em termos de venda de carros, onde há mais informações e dados, a aquisição de modelos elétricos ultrapassa 500 a 1 em relação à venda de carros movidos a hidrogênio. O hidrogênio ainda é muito caro, tem altos custos operacionais e uma oferta instável no mercado. O mesmo vale para futuras aeronaves de mobilidade urbana. Há também dúvidas sobre o quão limpa é esse tipo de energia e alguns dilemas sobre sua capacidade de armazenamento.
Lançamento de Mercado
Quão perto essas aeronaves estão de penetrar nos mercados atuais? Bem, a SMG Consulting criou um índice chamado Advanced Air Mobility Index (ARI), que mostra o quão perto cada empresa está de lançar no mercado. No infográfico abaixo, você pode ver várias das fabricantes e quão perto elas estariam de iniciar sua comercialização, com a Joby Aviation liderando o caminho.

O ARI é uma ferramenta de pontuação, baseada em uma fórmula patenteada que usa informações publicamente disponíveis, assim como conhecimento de especialistas. Ela ajuda a avaliar o progresso dos fabricantes para a entrega de um produto certificado em larga escala de produção. Embora 14 empresas sejam avaliadas, a ferramenta é regularmente atualizada para incluir novos nomes, bem como quaisquer novas informações sobre as empresas já existentes.
A ferramenta é baseada em cinco elementos: a equipe que administra a empresa, financiamento recebido, prontidão tecnológica de seus veículos, o progresso da certificação dos mesmos e a preparação da produção para a fabricação em larga escala.
Na Flapper acreditamos que o futuro da mobilidade aérea é realmente brilhante. Por essa razão, fizemos parcerias com os principais players do mercado mundial, como Eve, Electra Jaunt Air Mobility e MagniX. Temos em mente que podemos contribuir com nossos “grãos de areia” para promover uma aviação geral mais sustentável, limpa e segura.
Acreditamos também que a América Latina tem muito potencial para a implementação, a curto prazo dessas tecnologias. Vários centros urbanos se beneficiariam muito de aeronaves do tipo eVTOL, eSTOL e até mesmo eCTOL. Cidades como São Paulo, Bogotá e Santiago do Chile, possuem alta densidade populacional, com isso há necessidade de transportes dentro de seus centros urbanos mais eficientes.
Gol quer iniciar Operação de eVTOL´s em SP em 2026

Algo parecido com o futuro dos carros voadores do desenho animado dos Jetsons está perto de se tornar realidade. A Gol anunciou que pretende dar início ao uso dos eVTOLs – aeronaves elétricas que pousam e decolam verticalmente – no começo de 2026. Essas aeronaves, capazes de alcançar 320 km/h, são apontadas como o futuro do descolamento nas grandes cidades.
O comandante Sergio Quito, presidente do Conselho de Segurança Operacional da Gol, contou à equipe do Melhores Destinos que a certificação do eVTOL VX4 deve ser concluída no segundo semestre de 2025. Depois, a Gol iniciará a operação em São Paulo nos primeiros meses do ano seguinte.
“De pronto, estamos pensando em São Paulo, onde as operações serão iniciadas como o transporte que mitigaria seu trânsito, reconhecidamente duro. Um trajeto feito de carro em duas horas será concluído em 10 minutos com o eVTOL, em dias e horários previamente divulgados”, contou.
A Gol acredita que a chegada do eVTOL ao Brasil vai construir um novo ecossistema na aviação comercial brasileira e com viés sustentável, já que a aeronave é 100% elétrica.
A palavra-chave para a introdução do eVTOL no Brasil é: “possibilidade” – partindo da disponibilidade de novas tecnologias. O novo tipo de aeronave fará parte da malha aérea da Gol e deve transformar o modo de transporte nos grandes centros.
“Sobretudo em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, a preocupação com as questões ambientais é também uma urgência. Nesse sentido, o eVTOL é uma solução promissora – e possivelmente irreversível.”
Em 2021, a companhia aérea havia anunciado os planos para adquirir, por meio de um acordo, 250 aeronaves elétricas da empresa Vertical Aeroespacial.

Processo de Certificação de Aeronaves
Atualmente, a empresa britânica Vertical Aeroespacial está avançando na busca pelas certificações para poder voar pelo mundo com o eVTOL VX4. O processo de validação junto aos órgãos reguladores já começou no Reino Unido, Europa, Estados Unidos e, recentemente, no Japão. E no Brasil? Por enquanto, nada!
Para saber como está o andamento desse processo essencial no Brasil, procuramos a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, apesar das boas novas divulgadas pela Gol, o órgão informou que “a Vertical Aerospace realizou conversas iniciais com a agência, porém, até o momento, não houve formalização de processo junto à Anac”.

Ou seja, por enquanto, continuamos apenas com expectativas geradas e torcendo para os planos da Vertical e da Gol darem certo, já que ainda não há nada oficial acontecendo para operações serem liberadas de fato no Brasil.
Vale dizer que todo processo de certificação de tipo ocorre em etapas, como a verificação dos requisitos de segurança da aeronave, incluindo testes e avaliações de todos os aspectos técnicos relevantes para garantir a segurança do projeto.
Processo de certificação de aeronaves é dividido em quatro fases:
- Pré-requerimento;
- Planejamento;
- Execução do Plano e de Cumprimento com os Requisitos;
- Pós-certificação.

Na prática, o eVTOL da Vertical não está nem na fase 1, onde o certificado é requerido à agência. Isso pode indicar que a expectativa de ver o VX4 voando pelos ares brasileiros pode demorar.
Isso porque, segundo a Anac, não há um prazo para esse tipo de processo de certificação, já que podem haver necessidades de correções e ajustes ao projeto.
“Também é importante ressaltar que por se tratar de uma nova tecnologia, testes e trocas de experiências serão necessários”, explicou a agência. Outros detalhes sobre como esse processo ocorre você confere aqui.
eVTOL VX4

Conforme a Gol, o modelo VX4 é considerado um dos táxis aéreos mais avançados e confiáveis em desenvolvimento. Incluir o eVTOL na malha da empresa brasileira será uma estratégia comercial para expandir seletivamente no mercado de transporte aéreo regional, abrindo novas rotas para mercados domésticos pouco atendidos.
Com tem para até 5 pessoas (um piloto e quatro passageiros), o eVTOL tem alcance de 160 km a 240 km/h, podendo atingir uma velocidade de 320 km/h. Em setembro de 2022, a aeronave voou pela primeira vez com um piloto a bordo.
Cenário no Brasil

Antes da certificação da Anac é difícil ter certeza absoluta de que teremos aeronaves elétricas voando por aqui em até três anos. De todo modo, dá para ver que as discussões sobre as novas tecnologias na aviação não param e o setor está atento.
Inclusive, recentemente, a equipe da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) fez a primeira reunião com servidores da área de aeronavegabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) envolvidos com as questões regulatórias sobre as futuras aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical.

O objetivo do encontro foi criar ações colaborativas para o desenvolvimento dessa nova modalidade de transporte aéreo urbano no Brasil. A ideia é ter ainda mais discussões sobre o tema entre os associados e as autoridades da aviação civil brasileira, para compartilhar conhecimentos, expectativas e sugerir soluções para as problemáticas de implantação do novo modal aéreo.
eVTOL da Eve

Paralelamente ao projeto da Vertical Aeroespacial, cerca de cem empresas têm desenvolvido protótipos de eVTOLs pelo mundo. Dentre elas está a Eve Air Mobility, uma subsidiária da brasileira Embraer.
O projeto da Eve está mais avançado do que o da Vertical nas questões burocráticas brasileiras, já que a empresa formalizou o processo para obtenção do certificado de tipo do eVTOL junto à Anac ainda em 2022. Com isso, a previsão é que as entregas do veículo da Eve comecem em 2026.

Além disso, o eVTOL da companhia foi apresentado em março nos Estados Unidos. Durante o festival de inovação SXSW 2023, o veículo elétrico voador pode ser testado pelo público do evento.
Até o momento, o modelo em desenvolvimento conta com mais de 2,7 mil encomendas, somando cerca de US$ 8 bilhões para 26 clientes de diversos continentes, informou a Forbes.

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